Okan Kayma
[English below]
Artista sonoro e multidisciplinar, afrobrasileiro, Okan Kayma dedica-se à prática artística no cruzamento entre música, performance, produção musical e arte-educação.
Formado na Faculdade de Música Souza Lima, onde se especializou no universo da música afrobrasileira, fez também bacharelado em música na Faculdade Cantareira e
Musicoterapia na FMU (São Paulo). Teve como mestres Dinho Gonçalves, Naná Vasconcelos, Letieres Leite e os etnomusicólogos Ivan Vilela e Alberto Ikeda. A sua busca por conhecimento levou-o à Europa, onde mergulhou no universo do jazz e da percussão do mundo (portuguesa, africana, flamenca, clássica).
O seu percurso artístico tem-se desenvolvido na articulação entre criação artística, investigação e arte-educação. Tem trabalhado de forma próxima com teatro, dança e performance, com destaque para o Coletivo Dragão 7 (São Paulo), Teatro Oficina (Zé Celso Martinez Corrêa), Balleteatro do Porto e Companhia de Actores (Oeiras), Projeto Lar-Oyê (Porto). A sua investigação conduziu à publicação do seu livro "Caderno de Ritmos Brasileiros e Instrumentos de Percussão", resultado da sua pesquisa sobre o universo da música popular brasileira. No âmbito da arte-educação, trabalhou em projetos sociais nas periferias de São Paulo, destacando-se na Fábrica de Cultura como arte-educador de Ritmos Urbanos e Afrobrasileiros; na cidade Porto fundou a Roda dos Ritmos, usando a arte como meio de intervenção social e urbana e realizando um trabalho próximo de instituições que trabalham a inclusão de pessoas em situação de vulnerabilidade; em Oeiras, foi o diretor musical do projeto Ampliarte da Companhia de Actores; e tem participado em variados intercâmbios internacionais. Ao longo destes anos foi também responsável por várias formações para professores e educadores em diversas instituições portuguesas.
Gravou e tocou com vários músicos nacionais e internacionais (João Bá, Yami, Rao Kyao, Fernando Terra, Fernando Girão, Fernando Pereira, Carla Visi, Ciro Cruz, Valéria Carvalho).
Em 2020, inicia o seu projeto como músico a solo, com composições autorais, numa fusão entre ritmos afro-indígenas, samplers, atabaques e outros elementos, em diálogo com a musicalidade e ritmos tradicionais dos locais ao seu redor. Em 2021, lança este novo projeto de criação e produção musical com o álbum "Groove da Mata". Tem colaborado na sonoplastia e composição original de diversos projetos de artes performativas, como Ululu (Raquel Lima), Salvalavalma (Paulo Pinto e Dori Nigro), Tá Pió Cá (Paulo Pinto e Dori Nigro). Em 2024, teve o seu primeiro projeto expositivo de arte sonora no Atelier Galeria FFAC Porto.
"O bater do tambor
é o compasso da vida"
- Okan Kayma
Afro-Brazilian sound and multidisciplinary artist, Okan Kayma dedicates his artistic practice to the intersection of music, performance, music production and art education.
A graduate of the Souza Lima Music College, where he specialised in Afro-Brazilian music, he also did a bachelor's degree in music at the Cantareira College and in music therapy at FMU (São Paulo). His masters include Dinho Gonçalves, Naná Vasconcelos, Letieres Leite and ethnomusicologists Ivan Vilela and Alberto Ikeda. In Europe he studied jazz (in Newcastle, England, and at the JB Jazz school in Lisbon), Portuguese percussion (Rui Júnior, Rui Rodrigues), African percussion (Gueladjo Sané), flamenco (Lino de Mingo) and classical percussion (Pedro Carneiro).
In 1997, he went to Spain on tour with the Dragão 7 theater group and, the following year, to Portugal for Expo 98, being invited by Portuguese artists to stay in the country to develop new musical projects. Since then, he has taught courses and workshops on Brazilian percussion, developing exchanges with several European countries such as England and France.
He played and recorded with several national and international musicians (João Bá, Yami, Rao Kyao, Fernando Terra, Fernando. And Carla Visi, Ciro Cruz), as well as theater artists (Zé Celso Martinez Correia, Teatro Oficina - SP, Companhia de Actors - Oeiras) and dance groups (Ballet Teatro do Porto).
Since 2011, he has returned to Brazil to deepen his research on the universe of Brazilian popular music and his work as an art educator, culminating in the publishing of his book "Caderno de Ritmos Brasileiros e Instrumentos de Percussão" [Notebook of brazilian rhythms and percussion instruments]. He also attended the course of Cultural Management in Traditional Contexts (CPF SESC).
Currently in Portugal, Kayma has embraced new challenges, such as the music project Urukum Collective, the arts-education project Ciranda dos Ritmos and a new solo album Groove da Mata.
"The drum beat
is the compass of life"
- Okan Kayma